A
chegada dos Valença em São Bento do Una/PE
De
1815 a 1822, as Capitanias do Nordeste
foram agitadas pelos patrióticos dos brasileiros
em favor da independência.Pombal e Souza, na Paraíba, ficam no
vale do Rio do Peixe
ou das Piranhas, que vai desaguar no litoral do Rio
Grande do Norte,
com o nome de Açu. Essa região paraibana do Rio do Peixe
também esteve em ebulição e aí habitavam muitos portugueses que
se retiraram de lá e vieram para o Brejo da Madre de Deus, Cimbres e
Pesqueira.
Pouco antes de
1830, o lugar SANTA CRUZ, onde ainda não chegara o rumor patriótico,
veio do Brejo
da Madre de Deus, José Rodrigues da Cunha, por intermédio do seu
velho conhecido José Venâncio de Benevides Falcão. Ele deixou o
cognome de Cunha e juntou ao seu nome Valença,
cidade portuguesa donde viera.
O
clã Valença
José
Rodrigues Valença,
casado com Cosma Caluête,
natural do Rio do Peixe,
com toda sua família, espalhou-se pelo vale sossegado do rio
Uma. Ao sair do rio do Peixe
com sua família, já estavam esgotados os seus recursos. No Brejo da
Madre de Deus, foi agravada a sua situação financeira com a seca de
1825 a 1832. Aqui chegou pobre. Foram
doze os seus filhos:
1
- Pe. José Rodrigues Valença,
nascido em 1794. Em 1854 foi residir na fazenda Liberalzinho, cerca
de trinta quilômetros de São Bento, onde construiu casa, oratório
e açude. Faleceu no
dia 6 de
setembro de 1870, com 76 anos de idade, e foi sepultado no cemitério
de São Bento.
2 – Francisco
Rodrigues Valença,
casado com Maria da Conceição Valença.
Tiveram os seguintes filhos:
1
(II) - Francisco Candido
2
(II) - José Camilo
3 (II) -
João Rodrigues
4 (II)
- Zebina
5 (II)
- Cândida Emília, que casou com o viúvo Bento da
Silva Valença,
tendo este falecido no dia 2 de abril de 1856, deixando do casal,
dois filhos: Àguida, de quatro anos de idade, e Honório, de dois
anos de idade. O tutor destes foi seu avó, por ter se casado
novamente sua mãe. Moravam na propriedade Condado.
3
- Joaquim Rodrigues Valença,
era casado com Paulina de Holanda Valença e
morreu da queda de um cavalo. Foi o pai do Tenente-Coronel
Luiz Paulino de Holanda Valença.
Nota minha: O casal teve outros filhos:
- José de Olanda Valença, c.c. Anna de Olanda Cavalcante, em 1852.
- Thereza de Jesus de Hollanda Valença, c.c. Antônio Paulino de Holanda Cavalcante. Estes são pais de JOSÉ DE HOLANDA CAVALCANTE, c.c. CLOTILDE DE HOLANDA VALENÇA (meus bisavós)
- Antônio Paulino de Hollanda Valença
4
- Teodoro Rodrigues Valença,
casado com Luiza Valença,
sua sobrinha – filha de Ana.
5
- Antônio Rodrigues Valença.
6
- João da Porciúncula Valença,
casado com Antônia Valença.
7
- Maria de Jesus Valença,
casada com o viúvo Bento José Alves de Oliveira, irmão de João
Bento de Oliveira, Antônio Bento de Oliveira e Joaquim Dantas de
Oliveira. Maria de Jesus
Valença faleceu
no dia 24 de junho de 1849, deixando seis filhos menores:
1
(VII) - José, de onze anos
2 (VII) -
Bento, de dez anos
3 (VII) - Ana,
de nove anos e que depois casou com João Bento de Albuquerque
4
(VII) - Francisco, de seis anos
5
(VII) - João, de quatro anos e
6
(VII) - Luiz, de dois anos
Bento
José Alves de Oliveira, possuía uma parte da terra e uma casa de
taipa, na povoação de Santa Cruz e meia légua de terra, com casa e
curral de pau-a-pique, no lugar Recanto, onde morava.
8 - Josefa Valença,
casada com o português João José de Araújo.
9
- Tereza Valença,
casada com José Alves Bezerra Cavalcanti.
10
- Luiza de Jesus Valença, casada
com seu sobrinho José Rodrigues Valença (filho
de Ana). Por morte de seu
esposo, em 13 de abril de 1853, obteve do imperador
provisão de tutora
de
seus filhos menores, em número de sete:
1
(X) - Arcelina da Silva Valença,
que casou com José Camilo Valença,
tiveram os seguintes filhos: Maria de Jesus, Rita,
Josefa, Francisco e Antônio.
2
(X) - Maria de Jesus Valença,
que casou com Leonel Bezerra Cavalcanti.
3 (X)
- Tereza Benvinda, com catorze anos.
4 (X)
- João, com treze anos.
5 (X) -
Emília, com onze anos.
6 (X) - Luiz
José, com dez anos.
7 (X) - Luiz,
com nove anos.
Notas:
Moravam
na propriedade Baraúnas,
comprada a Antônio Carvalho de Albuquerque.
Luiza
de Jesus Valença,
faleceu no dia 8 de outubro de 1863, na propriedade Baraúnas.
Nota minha: Na propriedade Baraúnas meu bisavô, José de Holanda Cavalcante, foi assassinado (1922). Lá, nasceu minha mãe, Maria de Medeiros (1924). Há muitas histórias de família ocorridas nesse sítio.
11
- Ana Joaquina Valença,
casada com João Alves da Silva, representada por seus filhos:
1 (XI) - Francisco Pio
2 (XI) - Tereza, casada com Antônio Alves
da Silva
3 (XI) - José
Rodrigues Valença
4 (XI) - Ana Alexandrina
5 (XI) - Luiza
6 (XI) - Bento da Silva Valença
7 (XI) - Alexandrino
12
- Silvana Valença,
casada com o português Jacinto Muniz de Almeida. São
filhos do casal:
1
(XII) - Bento de Almeida;
2 (XII) -
João de Almeida;
3 (XII) – José
Vicente de Almeida;
4 (XII) –
Claudino de Almeida;
5 (XII) –
Joaquim de Almeida;
6 (XII) –
Januário de Almeida;
7 (XII) –
Josefa, casada com João Bento da Silva;
8 (XII)
– Maria Arcelina, casada a primeira vez com Bento da Silva Valença
(filho de Ana).
Ficou desse casamento os seguintes filhos:
- João,
de nove anos de idade
- Joaquim, de sete anos de idade
- Júlio , de seis anos de idade
Nota: O
tutor dos filhos
de Maria Arcelina e Bento da Silva Valença foi
o sogro, Jacinto Muniz de Almeida.
Outras famílias relacionadas:
Com
a família Valença veio
João Bento de Oliveira,
casado a primeira vez com Tereza Maria de Jesus, e, desse casamento
nasceram
1
- Joaquim Dantas de Oliveira;
2 -
José Bento de Oliveira., viúvo aos 25 anos ( em 10 de março de
1856, dia da morte de seu pai) Foi casado pela 2ª vez com Joana de
Jesus Dantas, que poucos dias após a morte de seu esposo faleceu, já
sendo paralítica, deixando os seguintes filhos menores:
- Francisco, de doze anos;
- Antônio, de nove anos;
- Francisco,
de oito anos
- Emília, de
seis anos, cujo tutor foi José Bento, seu irmão por parte de pai.
João Bento de Oliveira morava na parte da terra de 600 braças com
meia légua de fundo, no sítio
Recanto, comprada a Francisco
Rodrigues Valença.
Nota: João
Bento de Oliveira era irmão do Major
Bento José Alves de Oliveira, casado com Luíza Benvinda de
Oliveira Valença.
Aqui
chegou também Antônio Bento de
Oliveira, casado com Francisca
Dantas de Oliveira. Este casal possuía um sítio de terras no lugar
denominado Laranjeira, na Freguesia de Quipapá, do termo
de São Bento e comarca de Caruaru, adquirido por compra a Manoel de
Medeiros Cabral e vendeu ao Sr. Claudino Marinho da Silva, no dia 18
de novembro de 1868.
Fonte:
CINTRA, Ivete de Morais; FIRMINO, Padre João: PAIVA, Adalberto de
Oliveira. São Bento do Una: Formação Histórica. Recife, Centro
de Estudos de História Municipal FIAM, vol 19,1983. Capítulo VI.