sexta-feira, 18 de outubro de 2019

A História de São Bento do Una (PE), por Orlando Calado




Para quem estiver interessado nas antigas família de São Bento do Una, como os Valença, Muniz de Almeida,  Calado, Falcão, entre outros, o Portal São Bento do Una  traz inúmeros relatos históricos, em especial as coletadas por Orlando Calado.

Calado reuniu suas pesquisas no trabalho intitulado Cronologia de São Bento do Una. Tenho compartilhado aqui inúmeros trechos, em que são citados meus ancestrais ou aparentados.  O material compilado está dividido em três partes:

Parte 1 -  abrange os anos de 1777 a 1890

- Parte 2 -  de 1910 a 1930

- Parte 3 -  de 1931 em diante.


Sobre Orlando de Almeida Calado

Filho de Luiz Cadete de Almeida Calado e de Olindina Correia Paes da Rocha, natural de São Bento do Una (PE) . Nasceu em 6 de dezembro de 1939,  na casa - hoje demolida -  então situada na Praça Marechal Deodoro, atual Praça Cônego João Rodrigues de Melo, 87.  Calado é bacharel em Ciências Contábeis, pela Faculdade Morais Júnior (1977),  e bacharel em Ciências Jurídicas (1989), pela Faculdade de Direito da Universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro. Colabora no Portal de São Bento do Una com mais de 245 trabalhos publicados que podem ser lidos em www.portalsbu.com.br.

Senadores do Império em Pernambuco


SENADORES DO IMPÉRIO EM PERNAMBUCO (1826-1889)

No Império, o cargo de Senador era vitalício e neste período Pernambuco teve 23 representantes (Netto Campello, 1979 [1923]:78-79). Alguns desses Senadores estão interligados à teia do parentesco em Pernambuco.

PRIMEIRA CADEIRA:
- Antônio Luiz Pereira da Cunha;
Francisco de Paula Almeida e Albuquerque;
Pedro Francisco de Paula Cavalcanti e Albuquerque;
- João Alfredo Corrêa de Oliveira;

SEGUNDA CADEIRA:
- José Carlos Mayrink da Silva Ferrão;
- Francisco do Rego Barros [6.º];
- Álvaro Barbalho Uchôa Cavalcanti;

TERCEIRA CADEIRA:
- Antônio José Duarte de Araújo Gondim [1.º];
- Manuel Caetano de Almeida e Albuquerque;
- Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva;
- Manuel Ignacio Cavalcanti de Lacerda [Albuquerque];
- Francisco de Carvalho Soares Brandão;  QUARTA CADEIRA:
- Bento Barroso Pereira;
- Pedro de Araújo Lima;
- Francisco do Rego Barros Barreto;

QUINTA CADEIRA:
- José Ignacio Borges;
- Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque Junior;
- Luiz Felipe de Souza Leão;

SEXTA CADEIRA:
- José Joaquim de Carvalho;
- Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti de Albuquerque;
- Francisco Xavier Pais Barreto;
- Antônio Coelho de Sá e Albuquerque;
- José Bento da Cunha Figueiredo.


TITULARES DO IMPÉRIO EM PERNAMBUCO (1822-1889):

- Barão de Águas Belas - João da Cunha de Magalhães;
- 1.º Visconde de Albuquerque - Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti de Albuquerque;
- 2.º Barão de Albuquerque - Manuel Arthur de Holanda Cavalcanti de Albuquerque;
- Barão de Alhandra - José Bernardo de Figueiredo;
- Barão de Amaragi - Antonio da Silva Alves;
- Barão de Arariba - João Luiz Gonçalves Ferreira;
- Barão de Araripe - Antero Vieira da Cunha;
- Barão de Araújo Gondim - Antonio José Duarte de Araújo Gondim [2o];
- Barão de Atalaia - Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Maranhão;
- Barão de Beberibe - Francisco Antônio de Oliveira;
- Barão de Benfica - Antônio José de Castro;
- Barão, Visconde e Conde da Boa Vista - Francisco do Rego Barros[6o];
- Visconde do Bom Conselho - José Bento da Cunha Figueiredo;
- Barão de Bonito - Manuel Gomes da Cunha Pedrosa;
Barão de Buíque - Francisco Alves Cavalcanti Camboim;
Barão de Bujari - Antônio Francisco Pereira;
Barão de Caiará - Augusto de Souza Leão;
- Barão e Visconde de Camaragibe - Pedro Francisco de Paula Cavalcanti e Albuquerque;
1.º Barão e Visconde de Campo Alegre - Joaquim de Souza Leão;
- Barão de Campo Verde - Francisco Xavier de Oliveira;
Barão de Capiberibe - Manuel de Souza Teixeira;
Barão de Caruaru - Francisco Antônio Raposo;
Barão de Casa Forte - Antônio João de Amorim;
- Barão de Casalvasco - Firmo José de Mattos;
Barão de Catuama - João José Ferreira de Aguiar;
Barão de Caxangá - Lourenço Bezerra Alves da Silva;
1.º Barão de Cimbres - Domingos Malaquias de Aguiar Pires Ferreira;
2.º Barão de Cimbres - Cândido Xavier Pereira de Brito;
Barão de Contendas - Antônio Epaminondas de Barros Correia;
Barão de Cruangi - Felisberto Ignacio de Oliveira;
Barão de Escada - Belmino da Silveira Lins;
Barão de Exu - Gualter Martiniano de Alencar Araripe;
Barão do Forte de Coimbra - Hermenegildo de Albuquerque Porto Carrero;
- Barão de Frecheiras - Antônio dos Santos Pontual;
Barão de Gindaí - Antônio da Rocha de Holanda Cavalcanti;
1.º Barão de Goiana - José Correia Picanço;
- 2.º Barão de Goiana - João Joaquim da Cunha do Rego Barros;
- Visconde de Goiana - Bernardo José da Gama;
Barão de Goicana - Sebastião Antônio Accioly Lins;
- Barão de Granito - José Manuel de Barros Wanderley [filho];
Barão de Gravatá - Pedro Miliano da Silveira Lessa;
Barão e Visconde de Guararapes - Lourenço de Sá e Albuquerque;
Barão de Gurjaú - José de Souza Leão;
Barão de Iguarassu - Domingos Ribeiro dos Guimarães Peixoto;
Barão de Ipojuca - João do Rego Barros [3º];
Conde de Irajá - Manoel do Monte Rodrigues de Araújo;
1.º Barão de Itamaracá - Tomás Antônio Maciel Monteiro;
2.º Barão de Itamaracá - Antônio Peregrino Maciel Monteiro;
2.º Barão de Itambé - Ernesto Justiniano da Silva Freyre [ver também como 2o Barão de També];
Barão de Itapissuma - Epaminondas Vieira da Cunha;
Barão de Jaboatão - Umbelino de Paula de Souza Leão;
- Barão de Jundiá - André Dias de Araújo;
Barão de Limoeiro - Manuel Barbosa da Silva;
Barão e Visconde do Livramento - José Antônio de Araújo;
Barão de Lopes Neto - Felipe Lopes Neto;
Barão de Lucena - Henrique Pereira de Lucena;
Visconde de Maranguape - Caetano Maria Lopes Gama;
Barão das Mercês - Manoel José da Costa;
Barão de Merepi - Estevão Cavalcanti de Albuquerque;
Barão de Morenos - Antônio de Souza Leão [1.º];
Barão de Moribeca - Manuel Francisco de Paula Cavalcanti;
2.º Barão de Nazaré - Silvino Guilherme de Barros;
- Visconde e Marquês de Olinda - Pedro de Araújo Lima;
Barão de Ouricuri - Manuel Ignacio de Oliveira;
Barão de Pajeú - Andrelino Pereira da Silva;
Barão de Palmares - Bernardo José da Câmara;
- Barão de Palmeira dos Índios - Paulo Jacinto Tenório de Albuquerque;
Barão de Petrolina - Bernardino de Senna Pontual;
Barão de Pinho Borges - Francisco de Pinho Borges;
Barão de Pirangi - Francisco Antônio de Barros e Silva;
- Barão de Pirapama - Manuel Ignacio Cavalcanti de Lacerda [Albuquerque];
Visconde e Marquês do Recife - Francisco Pais Barreto;
1.º Barão do Rio Formoso - Manoel Thomaz Rodrigues Campello [2o];
- 2.º Barão do Rio Formoso - Prisciano de Barros Accioly Lins;
3.º Visconde do Rio Formoso - Francisco de Caldas Lins;
- Barão de Santa Alda - Lucas Antônio Monteiro de Barros;
Barão de Santo André - José de Amorim Salgado;
Barão de São Borja - Victorino José Carneiro Monteiro;
Barão de São Braz - Braz Carneiro Leão;
Barão de Sirinhaém - Coriolano Velloso da Silveira;
2.º Barão da Soledade - José Pereira Vianna;
Barão de Souza Leão - Ignacio Joaquim de Souza Leão [2º]
1.º Barão e Visconde de Suassuna - Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque Junior;
2.º Barão de Suassuna - Henrique Marques de Holanda Cavalcanti;
Barão e Visconde de Tabatinga - Domingos Francisco de Souza Leão;
Barão de Tacaruna - Manuel Antônio dos Passos e Silva;
2.º Barão de També - Ernesto Justiniano da Silva Freyre - [ver também como 2.º Barão de Itambé]
Barão de Taquaretinga - Manuel Freire Barbosa da Silva;
- Barão de Timbaúba - Feliciano Cavalcanti da Cunha Rego;
- Barão de Tracunhaém - João Cavalcanti Maurício Wanderley;
Barão de Una - José Antônio Lopes;
1.º Barão e Visconde de Utinga - Henrique Marques Lins;
2.º Barão de Utinga - Florismundo Marques Lins [2.º];
Barão de Vera Cruz - Manuel Joaquim Carneiro da Cunha;  - 2.º Barão de Vila Bela - Domingos de Souza Leão [4.º];
- Barão da Vitória - José Joaquim Coelho.

_____
Fonte: Texto reproduzido na íntegra do site A Mística do Parentesco .

terça-feira, 15 de outubro de 2019

João da Porciúncula Valença. 1860



Em 1860, João da Porciúncula Valença é eleito Vereador. O  Portal de S. Bento do Una registra o fato. Aliás, também são eleitos para o mesmo cargo outros membros da família Valença: João Emiliano de Seixas Valença Francisco Cândido Valença:


Em 7 de setembro são realizadas as eleições paroquias para a escolha dos vereadores e juízes de paz. Os primeiros vereadores escolhidos foram: Bento José Alves de Oliveira, Francisco Alves Maciel, José Leão Vitor de Oliveira Ledo, Manoel Antônio de Andrade Déde), Antônio Vítor de Barros Teixeira, João Emiliano de Seixas Valença e João da Porciúncula Valença. Suplentes: João Bispo de Araújo, Antônio Correia da Rocha Júnior, Joaquim Bispo de Araújo, Francisco Cândido Valença."

E de acordo com o Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Província de Pernambuco, edição de 1860,  João da Porciúncula Valença ainda foi nomeado para os  cargos de suplente de Juiz Municipal em Garanhuns e de Subdelegado em S. Bento, conforme recortes abaixo:



































Prof. Manoel Fonseca de Medeiros (2)



Manoel Fonseca de Medeiros é citado no  periódico A PROVÍNCIA, em  1911, conforme recorte abaixo:






______
Nota: 

Manoel Fonseca de Medeiros (2), casado com Maria Amélia Gadault, faleceu  em 1876,  conforme obtuário divulgado neste blog.  O casal teve um único filho: Bianor Gadault Fonseca de Medeiros. Este, por sua vez, casado com Maria Candida de Goes Cavalcanti, teve três filhos: Amaury, Coaracy e Caramuru de Medeiros. Logo, ou esse  Parecer n.º 97 foi apreciado tardiamente (pós morte) ou se trata de homônimo. Na dúvida, fica o registro.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Diferença entre os arquivos da Torre do Tombo e do site tombo.pt




Mais uma contribuição compartilhada em um grupo -  Genealogia Prática -  no Facebook, esclarecendo a diferença entre os arquivos da Torre do Tombo e do site tombo.pt:

O arquivo nacional português é o Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Tem à sua guarda um extenso patrimônio arquivístico de documentos originais e objectos. O link de acesso é 


No entanto, a maior parte dos registos usados na pesquisa genealógica estão depositados nos arquivos distritais. Segue a lista e links de acesso: 


O site tombo.pt é uma iniciativa privada que se tornou uma ferramenta para qualquer interessado em genealogia. O autor do site recolhe informações diariamente sobre os novos livros disponibilizados em arquivos portugueses, e coloca os links para os respectivos livros, alistados por distrito, concelho e freguesia, e depois por tipo de documento. Contém também um motor de busca, que é útil quando não se sabe qual o distrito ou concelho. 

Mas não tem à sua guarda os registos originais nem é responsável pela digitalização dos mesmos. Esse papel pertence aos arquivos. É uma iniciativa louvável e pode ler mais no link abaixo: 




________

Almeida nos registros de Autos-de-Fé. Arquivos da Torre do Tombo




Nas pesquisas de Flavio Mendes Carvalho foram encontrados os seguintes registros de autos-de-fé, nos arquivos da Torre de Tombo:

ALMEIDA, Manoel, sua mulher Gracia Henriques, queimada como judia convicta e impenitente em 01/04/1582.

ALMEIDA, Sanches, Antônio, filho de Diogo Dias, alfaiate, ambos torturados e
mortos nos cárceres da inquisição e queimados em estátua com seus ossos em 14/03/1627 como judeus convictos e pertinazes.

ALMEYDA, André Couto de, padre, condenado como judeu professo e pertinaz em 11/10/1637.

ALMEIDA, Manoel de, médico, queimado em 10/07/1644, como judeu convicto.

ALMEIDA, Pedro de, morador em Pernambuco, Brasil, condenado em 10/07/1650, como judeu professo.

ALMEIDA Franco, Simão, 69 anos, mercador, queimado vivo como judeu convicto, ficto, falso, simulado, confitente e impenitente em 17/10/1660.

ALMEIDA, Luzia de, 40 anos, queimada viva em 17/09/1662, como judia convicta, ficta, falsa, simulada, confitente e impenitente. Seu marido Nuno da Costa Ayres, 56 anos, mercador, condenado no mesmo dia.

ALMEIDA, Luiza de, 18 anos, condenada a cárcere e hábito em 11/03/1668, no mesmo dia em que seu pai Simão Rodrigues Ayres, 39 anos, mercador, já torturado e morto nos cárceres, foi queimado em estátua com seus ossos, como judeu convicto, relapso, confitente e pertinaz. Primeira condenação em 1660. Sua mãe Isabel Gomes, 38 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo em 17/09/1662. Seu irmão Simão Rodrigues Ayres, 32 anos, queimado como judeu convicto e pertinaz em 17/08/1664.

ALMEIDA, Francisco de, 33 anos, trabalhador, queimado vivo em 10/12/1673, como judeu convicto, confitente, simulado e impenitente. Sua viúva Isabel Mendes, foi torturada e morta nos cárceres e queimada em estátua em 08/08/1683, como judia convicta e pertinaz.

ALMEIDA, Manoel de, tratante, sua viúva Ignês de Mesquita, 56 anos, foi queimada viva como judia convicta, ficta, falsa, simulada, confitente e impenitente em 17/06/1731.

ALMEIDA, Miguel Nunes de, 27 anos, filho de Felix Nunes de Miranda, 62 anos, negociante da Bahia, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo em 06/07/1732. Seu pai, queimado vivo como judeu convicto, confitente e impenitente em 17/06/1731.

ALMEIDA, Joseph de Carvalho de, 50 anos, mercador, condenado a cárcere e hábito perpétuo em 20/09/1733. Sua filha Maria Ferreira, 30 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e degredo para Angola em 24/07/1735. Sua viúva Francisca Thereza de Carvalho, 55 anos, condenada a cárcere perpétuo com hábito, sem remissão e degredo para Angola em 01/09/1737. Seu filho Manoel da Costa Ribeiro, 27 anos lavrador em Ouro Preto, Brasil, queimado como judeu convicto e pertinaz em 01/09/1737. Seu filho Vicente de Carvalho, 23 anos, estudante, condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e degredo para Angola em 18/06/1741.

ALMEIDA, Catharina de, 46 anos, viúva de Manoel Rodrigues de Almeida, alfaiate, queimada em 18/10/1739, como judia convicta e pertinaz.

___
Fonte: CARVALHO, Flávio Mendes. Raízes judaicas no Brasil: o Arquivo Secreto da Inquisição. São Paulo: Editora Nova Arcadia, 1992.


Pesquisa de Arlete Paulina (Genealogia Sefardita - Facebook).