terça-feira, 24 de setembro de 2019

Diferença entre os arquivos da Torre do Tombo e do site tombo.pt




Mais uma contribuição compartilhada em um grupo -  Genealogia Prática -  no Facebook, esclarecendo a diferença entre os arquivos da Torre do Tombo e do site tombo.pt:

O arquivo nacional português é o Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Tem à sua guarda um extenso patrimônio arquivístico de documentos originais e objectos. O link de acesso é 


No entanto, a maior parte dos registos usados na pesquisa genealógica estão depositados nos arquivos distritais. Segue a lista e links de acesso: 


O site tombo.pt é uma iniciativa privada que se tornou uma ferramenta para qualquer interessado em genealogia. O autor do site recolhe informações diariamente sobre os novos livros disponibilizados em arquivos portugueses, e coloca os links para os respectivos livros, alistados por distrito, concelho e freguesia, e depois por tipo de documento. Contém também um motor de busca, que é útil quando não se sabe qual o distrito ou concelho. 

Mas não tem à sua guarda os registos originais nem é responsável pela digitalização dos mesmos. Esse papel pertence aos arquivos. É uma iniciativa louvável e pode ler mais no link abaixo: 




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Almeida nos registros de Autos-de-Fé. Arquivos da Torre do Tombo




Nas pesquisas de Flavio Mendes Carvalho foram encontrados os seguintes registros de autos-de-fé, nos arquivos da Torre de Tombo:

ALMEIDA, Manoel, sua mulher Gracia Henriques, queimada como judia convicta e impenitente em 01/04/1582.

ALMEIDA, Sanches, Antônio, filho de Diogo Dias, alfaiate, ambos torturados e
mortos nos cárceres da inquisição e queimados em estátua com seus ossos em 14/03/1627 como judeus convictos e pertinazes.

ALMEYDA, André Couto de, padre, condenado como judeu professo e pertinaz em 11/10/1637.

ALMEIDA, Manoel de, médico, queimado em 10/07/1644, como judeu convicto.

ALMEIDA, Pedro de, morador em Pernambuco, Brasil, condenado em 10/07/1650, como judeu professo.

ALMEIDA Franco, Simão, 69 anos, mercador, queimado vivo como judeu convicto, ficto, falso, simulado, confitente e impenitente em 17/10/1660.

ALMEIDA, Luzia de, 40 anos, queimada viva em 17/09/1662, como judia convicta, ficta, falsa, simulada, confitente e impenitente. Seu marido Nuno da Costa Ayres, 56 anos, mercador, condenado no mesmo dia.

ALMEIDA, Luiza de, 18 anos, condenada a cárcere e hábito em 11/03/1668, no mesmo dia em que seu pai Simão Rodrigues Ayres, 39 anos, mercador, já torturado e morto nos cárceres, foi queimado em estátua com seus ossos, como judeu convicto, relapso, confitente e pertinaz. Primeira condenação em 1660. Sua mãe Isabel Gomes, 38 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo em 17/09/1662. Seu irmão Simão Rodrigues Ayres, 32 anos, queimado como judeu convicto e pertinaz em 17/08/1664.

ALMEIDA, Francisco de, 33 anos, trabalhador, queimado vivo em 10/12/1673, como judeu convicto, confitente, simulado e impenitente. Sua viúva Isabel Mendes, foi torturada e morta nos cárceres e queimada em estátua em 08/08/1683, como judia convicta e pertinaz.

ALMEIDA, Manoel de, tratante, sua viúva Ignês de Mesquita, 56 anos, foi queimada viva como judia convicta, ficta, falsa, simulada, confitente e impenitente em 17/06/1731.

ALMEIDA, Miguel Nunes de, 27 anos, filho de Felix Nunes de Miranda, 62 anos, negociante da Bahia, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo em 06/07/1732. Seu pai, queimado vivo como judeu convicto, confitente e impenitente em 17/06/1731.

ALMEIDA, Joseph de Carvalho de, 50 anos, mercador, condenado a cárcere e hábito perpétuo em 20/09/1733. Sua filha Maria Ferreira, 30 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e degredo para Angola em 24/07/1735. Sua viúva Francisca Thereza de Carvalho, 55 anos, condenada a cárcere perpétuo com hábito, sem remissão e degredo para Angola em 01/09/1737. Seu filho Manoel da Costa Ribeiro, 27 anos lavrador em Ouro Preto, Brasil, queimado como judeu convicto e pertinaz em 01/09/1737. Seu filho Vicente de Carvalho, 23 anos, estudante, condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e degredo para Angola em 18/06/1741.

ALMEIDA, Catharina de, 46 anos, viúva de Manoel Rodrigues de Almeida, alfaiate, queimada em 18/10/1739, como judia convicta e pertinaz.

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Fonte: CARVALHO, Flávio Mendes. Raízes judaicas no Brasil: o Arquivo Secreto da Inquisição. São Paulo: Editora Nova Arcadia, 1992.


Pesquisa de Arlete Paulina (Genealogia Sefardita - Facebook).

Manoel Fonseca de Medeiros (2). Obtuário




O jornal A Província, de 17 de junho de 1876,  traz anúncio sobre o falecimento de MANOEL FONSECA DE MEDEIROS (2), filho de Manoel Fonseca de Medeiros e Clara Zeferina César. 

Vale lembrar que Manoel (2) foi casado com Maria Amélia Gadault de Medeiros, filha do francês Nicolas Gadault, e pai do deputado Bianos Gadault Fonseca de Medeiros.

Eis o recorte do jornal:












sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Cristão-Novos dos Açores


A genealogista Gisele Camacho Aznar publicou em um grupo do Facebook uma relação contendo nomes de cristãos-novos dos Açores, documentados.  Segue a lista:


Leite VasconcelosBotelho RaposoPacheco da Silveira Pacheco de Sousa Canto Faria Canto Albuquerque  Canto Medeiros  Salema Medeiros Araujo  Medeiros Albuquerque Botelho de Faria Leite CorreiaCosta Medeiros Brum Corte RealSilveira Pereira Brum da Terra e Silveira Leite Botelho Arruda Ponte Quental Ponte Raposo  Bettencourt Brum  

Apenas um ramo do Leite Vasconcelos   Quase todos os Ramos dos Borges, Medeiros e Câmara da Ilha de São Miguel. Alguns ramos do Macedo e Rebelo (Sousa) Medeiros da Costa



Outro pesquisador, Gabriel Glauber Morais, incluiu os seguintes sobrenomes:

Sousa, Matos (alguns ramos de Rosto do Cao),SousaLeaoMendesLopes (Ribeira Grande), Morais (Vila Franca do Campo)Alvares PinheiroSoares (Ponta Delgada).





Joaquim de Almeida Valença e Victoria de Holanda Valença

O Family Search  traz o registro de casamento desse casal, que teve dispensa de consanguinidade pelo padre José Rodrigues Valença, em 2 de dezembro de 1865, em Cimbres/PE:

" ... dispensado o parentesco de consanguinidade de 2.º grau, casou Victoria de Holanda Valença, ela filha de Antônio Rodrigues Valença e Maria de Holanda Cavalcanti, com Joaquim de Almeida Valença, ele filho de Jacintho Muniz de Almeida e Silvana Valença.
Testemunhas: Galdino ? da Silva Valença e Claudino de Almeida Valença..."

João VItor e Raul, os Irmãos Valença,



Os Irmãos Valença, João Vitor (1890-1983) e Raul (1894-1977), fazem parte da cultura musical e teatral de Pernambuco. Além de levarem adiante a tradição da família com o presépio, compuseram canções e marchinhas de Carnaval. Foram eles os criadores da marchinha Mulata, que teve repercussão nacional. A música foi modificada por Lamartine Babo sem o consentimento dos irmãos e isso originou uma ação judicial na qual eles saíram vencedores.


O Presépio dos Irmãos Valença foi homenageado pela Prefeitura do Recife em 2013, durante o ciclo natalino daquele ano. Os integrantes do presépio saíram do sítio dos Valença para se apresentarem no Teatro Hermilo Borba Filho. “Também nos apresentamos no Teatro de Santa Isabel e no Teatro do Parque em outros anos”, afirma Roseana. O folguedo também foi homenageado pelo Bloco da Saudade no Carnaval deste ano, com o tema O pastoril encantado dos Valença.  

Fonte: Diário de Pernambuco. Edição online de 05/10/2015.


terça-feira, 3 de setembro de 2019

Irmãos Cordeiro da Fonseca na Guarda Nacional

Algumas informações sobre os irmão Cordeiro da Fonseca encontradas no Diário Oficial, Seção 1, de 22 de junho de 1899 (pág. 2)


ACTOS DO PODER EXECUTIVO
Ministerio da Justiça e Negocios Interior

Por decreto do 15 de abril ultimo, foram nomeados para a guarda nacional
.....
 Mde Cinabres  (Município de Cimbres?)
.......
15" brigada d infantaria
Commandante, o coronel Antonio Cordeiro da Fonseca;
.......

​                  
43" batalhão de infantaria


​......​

Major-fiscal, Francisco Cordeiro da Fonseca;
.......
4" companhia—Capitão, João Camillo Cordeiro Valença
Tenente, Candido Cordeiro da Fonseca