terça-feira, 24 de setembro de 2019

Almeida nos registros de Autos-de-Fé. Arquivos da Torre do Tombo




Nas pesquisas de Flavio Mendes Carvalho foram encontrados os seguintes registros de autos-de-fé, nos arquivos da Torre de Tombo:

ALMEIDA, Manoel, sua mulher Gracia Henriques, queimada como judia convicta e impenitente em 01/04/1582.

ALMEIDA, Sanches, Antônio, filho de Diogo Dias, alfaiate, ambos torturados e
mortos nos cárceres da inquisição e queimados em estátua com seus ossos em 14/03/1627 como judeus convictos e pertinazes.

ALMEYDA, André Couto de, padre, condenado como judeu professo e pertinaz em 11/10/1637.

ALMEIDA, Manoel de, médico, queimado em 10/07/1644, como judeu convicto.

ALMEIDA, Pedro de, morador em Pernambuco, Brasil, condenado em 10/07/1650, como judeu professo.

ALMEIDA Franco, Simão, 69 anos, mercador, queimado vivo como judeu convicto, ficto, falso, simulado, confitente e impenitente em 17/10/1660.

ALMEIDA, Luzia de, 40 anos, queimada viva em 17/09/1662, como judia convicta, ficta, falsa, simulada, confitente e impenitente. Seu marido Nuno da Costa Ayres, 56 anos, mercador, condenado no mesmo dia.

ALMEIDA, Luiza de, 18 anos, condenada a cárcere e hábito em 11/03/1668, no mesmo dia em que seu pai Simão Rodrigues Ayres, 39 anos, mercador, já torturado e morto nos cárceres, foi queimado em estátua com seus ossos, como judeu convicto, relapso, confitente e pertinaz. Primeira condenação em 1660. Sua mãe Isabel Gomes, 38 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo em 17/09/1662. Seu irmão Simão Rodrigues Ayres, 32 anos, queimado como judeu convicto e pertinaz em 17/08/1664.

ALMEIDA, Francisco de, 33 anos, trabalhador, queimado vivo em 10/12/1673, como judeu convicto, confitente, simulado e impenitente. Sua viúva Isabel Mendes, foi torturada e morta nos cárceres e queimada em estátua em 08/08/1683, como judia convicta e pertinaz.

ALMEIDA, Manoel de, tratante, sua viúva Ignês de Mesquita, 56 anos, foi queimada viva como judia convicta, ficta, falsa, simulada, confitente e impenitente em 17/06/1731.

ALMEIDA, Miguel Nunes de, 27 anos, filho de Felix Nunes de Miranda, 62 anos, negociante da Bahia, Brasil, condenado a cárcere e hábito perpétuo em 06/07/1732. Seu pai, queimado vivo como judeu convicto, confitente e impenitente em 17/06/1731.

ALMEIDA, Joseph de Carvalho de, 50 anos, mercador, condenado a cárcere e hábito perpétuo em 20/09/1733. Sua filha Maria Ferreira, 30 anos, condenada a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e degredo para Angola em 24/07/1735. Sua viúva Francisca Thereza de Carvalho, 55 anos, condenada a cárcere perpétuo com hábito, sem remissão e degredo para Angola em 01/09/1737. Seu filho Manoel da Costa Ribeiro, 27 anos lavrador em Ouro Preto, Brasil, queimado como judeu convicto e pertinaz em 01/09/1737. Seu filho Vicente de Carvalho, 23 anos, estudante, condenado a cárcere e hábito perpétuo sem remissão e degredo para Angola em 18/06/1741.

ALMEIDA, Catharina de, 46 anos, viúva de Manoel Rodrigues de Almeida, alfaiate, queimada em 18/10/1739, como judia convicta e pertinaz.

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Fonte: CARVALHO, Flávio Mendes. Raízes judaicas no Brasil: o Arquivo Secreto da Inquisição. São Paulo: Editora Nova Arcadia, 1992.


Pesquisa de Arlete Paulina (Genealogia Sefardita - Facebook).

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